Eu, J.K, Melissa e Potter.

     No início da tarde recebo uma ligação da minha mãe... meus livros de Harry Potter tinham chegado! Me peguei pensando no porque de só ter o 1ª (presente de aniversário dos meus 11 aninhos!) e o último (comprado no dia do lançamento e ansiosamente aguardado.)... Li todos os livros atrás da minha amiga Ludymila (que me emprestava gradativamente), na época tanto fã quanto eu.
     Só consegui pegar os livros com minhas mãos há mais ou menos 1 hora, minha primeira reação foi espalhá-los pelo tapete da minha sala e admirar cada capa... nos mínimos detalhes. E para meu maior entusiasmo - se é que isso fosse possível - viera de brinde o livro "Harry e seus fãs - com prefácio de J.K. Rowling" de Melissa Anelli.
     A empolgação tomou conta de mim e comecei a devorar aquele livro, talvez em busca de preencher o vazio que habitava dentro de mim depois de presenciar a 6 dias atrás o seu "fim". Eu precisava de mais Harry Potter.
Devo confessar que J.K. - mais uma vez! - me emocionou com suas simples e sinceras palavras. Ler aquele prefácio foi como reencontrar um saudoso amor que há tempos não tinha notícias.
     Mal cheguei no sétimo capítulo do livro e a vontade de colocar tudo o que eu estava sentindo em palavras foi maior. Muita coisa estava explodindo na minha cabeça. Cada palavra de Melissa tocava meu coração de uma forma única e saudosista. De uma forma que, acredito eu, só os verdadeiros fãs dessa saga conseguem sentir.
     Não tenho dúvidas que Harry Potter é um marco na minha vida. Sei que algumas pessoas não conseguem entender o que sinto por essa saga... Mas não tem nada a ser entendido, só sentido. Amor, amizade, coragem, lealdade... E muito, muito mais.

American movie.

O dia seguinte. O que esperar dele quando a noite te trouxe distintas emoções? É como se os últimos dias fossem parte de um filme. É, parte daqueles filmes americanos que você está acostumada a assistir na tv... E cá entre nós, como é estranho (e bom!) estar, uma vez na vida, no papel da personagem principal.

(Des)Compasso

Com um misto de emoções - que não sentia faz tempo - meu coração descompassou de uma maneira engraçada. O que esperar desse coração descompassado?

E foi assim.

Meu coração é todo seu. Todo. Totalmente seu. Mas de repente você partiu meu coração em zilhões de pedaços... ele ficou cheio de rachaduras, feridas. E o pior, elas não estão cicatrizando. Todo dia é como se alguém enfiasse o dedo em todas as feridas que existem no meu coração. Não basta elas estarem inflamadas, alguém vem e enfia o dedo bem fundo. E mesmo assim, tudo o que ele quer é cicatrizar e ficar com você. 

Já minha cabeça está mais confusa do que tudo. Sei que você me ama... Mas porque não me cuida como antes? Gestos simples fazem qualquer pessoa se sentir a mais amada do mundo. Uma mensagem, uma ligação inesperada, uma surpresa, um gesto, as vezes, até uma palavra. Não quero estar sempre apaixonada, depois de um tempo, a paixão se torna amor. E como já te disse antes, amor é calmaria, é segurança. Paixão? Todo mundo se apaixona um dia. Quero ver é amar! Ter alguém por quem cuidar, se sacrificar, se importar, não julgar e estar sempre ao lado. Sempre. Independente de saúde, dinheiro, manias, família, estudo.

E acredito que eu encontrei o amor de verdade. Pena que nem sempre estamos maduros o suficiente para cuidar desse amor. Eu queria ter cuidado mais de você, ter te mimado mais, ter te feito mais carinhos, mais surpresas e mais declarações. E queria ter sido mais mimada, mais abraçada, mais beijada intensamente, ter recebido mais mensagens, mais flores. Eu queria ter me surpreendido.

Não sou madura o suficiente. Mas estou crescendo, estou dando minha cara a tapa a cada dia, estou correndo riscos, assumindo responsabilidades. Você é maduro. Desculpa, mas não quando o assunto é relacionamentos. Vejo você deixando nosso amor indo para o ralo por atos infantis e inconseqüentes. Não deixaria nosso amor acabar por orgulho, vergonha, atitudes infantis. 

Eu só queria uma prova de que podemos dar certo. Só queria que você aparecesse de repente aqui na minha casa, me desse o maior abraço do mundo, me beijasse como nunca e pedisse pra ficar com você. Te garanto, se isso acontecesse não seria meu amor que iria para o ralo, e sim, minhas dúvidas e medos.

Se um relacionamento é honesto, ele pode passar por cima de tudo, apesar dos desafios que a gente tem que enfrentar e de tudo o que acontece ao nosso redor.

Eco?

Depois de um tempo, ele a olhou. E nada. 

Ele simplesmente não falou nenhuma palavra. Talvez isso é o que tenha doído mais, o silêncio. Por que ele não gritava? Por que ele não falava que estava decepcionado? Por que ele não chorava? Qualquer reação seria melhor do que aquele silêncio que incomodava mais do que qualquer palavra. 

Vai ver que não tinha mais nada a ser sentido. Muito menos a ser dito. 

Me dá!

Rever duas amigas. Amigas, amigas. Parecia que faziam dias que não nos víamos, tudo estava no seu lugar. Conversávamos sobre as mesmas coisas, sob perspectivas diferentes, mas sempre com aquele toque de cada uma. Foi como continuar uma conversa que foi interrompida pela chamada de atenção do professor ou a chegada de alguém inconveniente. Foi como os velhos tempos. Acho que isso deveria me deixar feliz, mas não. Eu quero tudo aquilo de volta. Quero chegar e abraçar o 'Clllika' todo. Quero rir das nossas baboseiras. Rir dos Power Rangers. Dar codinome aos garotos de nossos interesses. Escutar as nossas músicas. Chorar por amor não correspondido. Fazer trabalhos escolares. Amaldiçoar a garota que está com o nosso garoto dos sonhos. Conversar sobre sexo (e achar que está fazendo algo errado). Quero usar meu all star todo assinado. Quero meu caderno todo rabiscado com palavras de carinho. Quero abraçá-las de novo e dizer que as amo. As amo como se fosse ontem. Como se nada tivesse acontecido. Como se eu ainda fosse aquela garota boba que acreditava em contos de fadas, em felicidade plena e que nada era impossível. Eu quero tirar as fotos mais loucas. Quero contar alto todas nossas músicas favoritas. Quero rir com Ingrid. Quero traduzir músicas com Ludy. Quero falar sobre coisas inteligentes com Aline. Quero fala sobre meninos com Lílian. Quero abraçar Amandinha. Quero pedir ajuda a Karlinha. Quero brigar com Ligia. Quero pedir conselhos a Flávia. Eu quero minha vida de volta. Onde passei os piores e melhores momentos da minha vida. Mas sempre com ELAS ao meu lado. Mesmo com todos os desentendimentos, brigas bobas - e nem tão bobas assim. Ainda nos entendemos. E posso dizer, sem hipocrisia, que elas me fizeram crescer. As amo. Sempre as amarei. E assim, acabam meus devaneios da madrugada com uma pitada de saudade, nostalgia e inconformismo.

Ah, quero Aline estalando meus dedos. Putz, disso é que sinto mais falta!