14 agosto, 2009

O Fabuloso Destino de Amélie Poulan.

Amélie Poulan foi criada em um âmbito extremamente solitário, sem amigos ou colegas. Ela não freqüentava a escola, pois seu pai, um médico “meticuloso”, acreditava que ela tinha algum problema no coração. Sendo por esse motivo que ela era reclusa sentimentalmente. Amélie via seus maiores prazeres nos pequenos detalhes da vida, esses determinavam o grau de satisfação da pessoa com a própria vida. Sua mãe adorava encerar o chão com pantufas, um ato tão sem sentido para os outros, mas um grande prazer para ela. Amélie também acreditava que as nossas preferências mais sutis podem expor importantes características do nosso caráter.
Depois de uma acidental descoberta em seu banheiro, uma pequena caixinha com objetos de uma criança que vivia ali há 50 anos, Amélie decide procurar o dono daquela caixinha e devolvê-la. Ao ter êxito em sua missão com direito a presenciar a enorme emoção do homem ao reencontrar sua preciosa relíquia, Amélie se sente extremamente gratificada. A partir disso, ela resolve ajudar as pessoas com o seu jeito divertido e excêntrico. Com planos mirabolantes e extremamente divertidos, Amélie interfere na vida de várias pessoas que vivem ao seu redor. Um bom exemplo é quando ela resolve ajudar um cego á atravessar a rua, contando tudo nos mínimos detalhes o que acontece nesse pequeno trajeto.
Mas, interferir na vida das pessoas é correto? Amélie, mesmo com as melhores intenções (ou não, o verdureiro que o diga), interferiu no rumo da vida de várias pessoas, intencionalmente. Mas a meu ver, no momento em que nós tomamos qualquer decisão referente à nossa vida, acabamos, mesmo que indiretamente, interferindo no rumo da vida de outras pessoas. Mesmo que reflita em conseqüências não tão agradáveis como esperávamos. Ou seja, interferir é preciso e inevitável, logo teríamos que questionar e avaliar o conceito de correto.
Um filme bastante delicioso, divertido, emocionante e que nos faz refletir sobre alguns aspectos da nossa própria vida. A fotografia do filme, todos os enquadramentos, flashes e movimentos de câmera, tudo isso contribui para nos envolver profundamente no universo em que vive Amélie Poulan.

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