19 junho, 2009

Missão impossível?

          Quando faço uma promessa não gosto de quebra-la, principalmente quando a promessa envolve outras pessoas. Eu sei que o tempo passou, passaram dias, semanas, meses e muita coisa mudou. Perdemos contato, perdemos momentos importantes na vida uma das outras. Eu sei que desentendimentos aconteceram, nos decepcionamos uma com as outras, nos chateamos. Mas, vai ser assim? Vamos deixar tudo que aconteceu entre nós virar uma mera lembrança? Sinceramente, eu não quero. O que eu quero?! Eu quero minhas MELHORES amigas de volta. Se não der para nós três sermos melhores amigas novamente, poderíamos apenas sermos amigas? É pedir demais? Eu quero passar um dia falando bobagens com vocês, eu quero morrer de rir das nossas conversas, eu quero nossas fotos, eu quero nossa amizade de volta. Não sei se eu to dando uma de Tom Cruise e realizando uma "Missão Impossível" (tá, eu sei, essa foi horrível!) mas eu tinha que tentar, não?! Bem, um beijo especial para vocês, TNG.



17 junho, 2009

Clarice Lispector.


           De fato, nos últimos tempos, Tuda não passava nada bem. Ora sentia uma inquietação sem nome, ora uma calma exagerada e repentina. Tinha freqüentemente vontade de chorar, e o que em geral se reduzia à vontade apenas, como se a crise se completasse no desejo. Uns dias, cheia de tédio, enervada e triste. Outros, lânguida como uma gata, embriagando-se com os menores acontecimentos. Uma folha caindo, um grito de criança, e pensava: mais um momento e não suportarei tanta felicidade. E realmente não a suportava, embora não soubesse propriamente em que consistia a felicidade. Caía num choro abafado, aliviando-se, com a impressão confusa de que se entregava, a não sei quem e não sei de que forma.Às lágrimas sucedia-se, acompanhando os olhos inchados, um estado de suave convalescença, de aquiescência a tudo. Surpreendia s todos com sua doçura e transparência e, ainda mais, forçava uma leveza de passarinho. Dava esmolas a todos os pobres, com a graça de quem joga flores.De outras vezes, enchia-se de força. Seu olhar tornava-se duro como aço, áspero como espinhos. Sentia que “podia”. Fora feita para “libertar”.
(...)
- Olhe, Tuda, o que me agradaria dizer-lhe é que você um dia terá o que agora procura tão confusamente. É uma espécie de calma que vem do conhecimento de si própria e dos outros. Mas não se pode apressar a vinda desse estado. Há coisas que só se aprende quando ninguém as ensina. E com a vida é assim. Mesmo há mais beleza em descobri-la sozinha, apesar do sofrimento. – A doutora sentiu um súbito cansaço, tinha a impressão de que a ruga nº 3, do nariz os lábios, afundara. Aquela menina fazia-lhe tão mal e ela queria estar de novo só. – Olhe, tenho certeza de que você ainda terá muita felicidade. Os sensíveis são simultaneamente mais infelizes e felizes que os outros. Mas dê um tempo ao tempo! – Como era vulgar com facilidade, refletiu sem amargura. – Vá vivendo… - Sorriu. E de repente Tuda sentiu aquele rosto entrando bem na sua alma. Não era da boca, nem dos olhos que vinha aquele ar… ar divino. Era como uma sombra terrivelmente simpática, vacilando sobre a doutora. E, no mesmo instante, Tuda soube que não mentira, ah, não! Uma alegria, uma vontade de chorar. Ah, ajoelhar-se diante da doutora, esconder o rosto no seu regaço, gritar: é isso que eu tenho, é isso! Só lágrimas!A doutora já não sorria. Pensava. Olhando-a, assim, de perfil, Tuda já não a entendia mais. De novo, uma estranha. Buscou-a depressa, à outra, a divina:- Por que a senhora disse: “o que me agradaria dizer-lhe…”? Então não é a verdade?A menina era mais perspicaz do que pensara. Não, não era a verdade. A dourota sabia que se pode passar a vida inteira buscando qualquer coisa atrás da neblina, sabia também da perplexidade que traz o conhecimento de si própria e dos outros. Sabia que a beleza de descobrir a vida é pequena para quem procura principalmente a beleza nas coisas.
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15 junho, 2009

Amor, amor, amor, impossível.

     Todo mundo tem uma pessoa que admira, que idolátra. Eu não sei vocês, mas eu tenho meus amores platônicos, minhas divas e "divos". Eu tava discutindo com minha amiga c. esse dias e o assunto era esse, o amor impossível. Chegamos em uma conclusão meio óbvia, o bom desse amor impossível está justamente no nome, o fato de ser impossível. Você não conhece o seu ídolo, quer dizer, você não convive com ele, você não sabe seus defeitos monstruosos que ele tem, assim como todos nós temos. E isso é o que apimenta, a ilusão de um ser perfeito. Ilusão. Mas todo mundo merece e deve se iludir de vez em quando, faz um bem enorme, sabiam?! É ótimo ter um amor desses! Mas peraê, antes que você comece a achar que eu to falando de literalmente se apaixonar pela pessoa, a ponto de achar que ele é o amor da sua vida, a ponto de deixar de namorar com caras reais que estão ao seu lado, eu não estou falando desse tipo, tá?! Isso, na minha mera opinião, é doença. Eu falo de adimiração, cara! Eu mesmo tenho meus divos e divas, amo/admiro! Entendem?! Bem, não sei se conseguiram captar a frequência em que minha mente estava viajando! Se sim, por quem vocês são "apaixonados"?

Tom Fletcher, meu amor.

01 junho, 2009

O mundo gira devagar...

...mas meu coração bate depressa exatamente agora.

       Sem explicação, sem precedentes, sem um único motivo. É uma coisa que me invade abruptamente, não pede licença. O coração aperta, a cabeça dói, a angústia se instala dentro do peito. E, como diz Steph, cada batida do ponteiro dos segundos dói como sangue pulsando sob um hematoma. Dói mesmo. Falta coragem, falta fé, falta esperança. As lágrimas eu não consigo conter. Falta força, vontade. Sobra culpa, demotivação. E eu nem sei mais descrever. Não sei se existe solução para horas como essas. E se existisse, provavelmente eu nao saberia qual é. Nunca consigo falar, por isso essa tentativa frustrada de escrever.

Só restam saudades?

      As pessoas sempre partem. Algumas apenas te deixam, sem sequer dar uma explicação, o que para mim, é uma atitude covarde. Outras, seguem o rumo das suas vidas, e assim, gradativamente e naturalmente, se distanciam dos velhos amigos, não porque querem, mas sim, porque a vida quer. Algumas te ligam todo dia, te dizem que estão com saudades todos os dias, mas os impecilhos do dia-a-dia não deixa que nos encontremos quase nunca. Outros morrem de saudade, mas por um motivo ou outro, acabam deixando isso "pra lá", sabe? E você? tem que aceitar e conviver com isso. É o que dizem... Mas, será? Bem, eu não aceito e nem pretendo conviver com isso! É estou revoltada mesmo. Por que não posso ter os meus grandes amigos comigo sempre? Tudo bem que cada um vai para uma faculdade diferente, cursinho diferente, ou vai apenas vagabundar mesmo, mas por que eu não posso continuar sentindo aquele imenso carinho que eles tinham por mim? Tá, aconteceram muitas coisas que eu não gostei, muitos desentendimentos, brigas e frescurinhas, mas que família que se ama, que não tem isso? Não estou sendo hipócrita. Sei não amo todos com a mesma intensidade, mas garanto que cada um tem um pedaço do meu coração... ou quando menos, um pedaço na minha memória (mesmo que seja ruim, hohoho!). Vocês eram a minha família, vocês me acolhiam, vocês me faziam rir, vocês me fizeram chorar, mas, principalmente, vocês faziam eu me sentir querida e amada. Blá, blá, blá. Nem eu aguento mais o que eu to escrevendo... Enfim, vou simplificar tudo isso que disse aqui acima: Sinto falta de vocês, pirrocuxos.