Fiz uma lista de grandes amigos e pensei quem eu mais via há dez anos atrás? Quantos eu ainda vejo todo dia? Quantos eu nem encontro mais? Moram apenas na lembranaça. Todas essas pessoas foram embora. Fiz uma lista dos sonhos que eu tinha... Quantos sonhos! E quantos eu desisti de sonhar?! E quantos eu ainda irei realizar? Eu gostaria de saber. Quantos amores jurados pra sempre eu consegui preservar? Poucos. Talvez, apenas dois. E aí eu penso, onde eu ainda me reconheço, na foto passada de anos e anos ou no espelho que agora minha imagem reflete? Hoje é do jeito que achei que seria? Definitivamente não. Melhor? Pior? Não sei responder. E quantos amigos eu joguei fora? Se joguei não foi por nenhum motivo. Claro, alguns sinto falta. Mas dos outros... Que outros?! Quantos mistérios que eu sondava e quantos consegui entender? Muitos ainda moram em minha confusa cabeça, para falar a verdade. Quantas mentiras eu condenei e quantas eu tive que cometer? A vida nos prega peças em que temos que usar daquilo que mais condenamos e temos respulsa. Quantos defeitos sanados com o tempo, no fim, eram o melhor que havia em mim? Essa pergunta... Essa pergunta! Era exatamente isso que eu queria saber. Apenas isso. Isso responderia muitas perguntas pertinentes em minha cabeça. E, logo ela, por acado, ou não, eu não sei responder!

Eu fiz uma adaptação da música A Lista de Oswaldo Montenegro, que acho linda.